A Voz da Arquibancada

Relembrando a primeira mensagem :

A comissão técnica do América se preocupa tanto com a forma do adversário jogar que se esqueceu de criar o próprio padrão de jogo. Insiste na tentativa de usar o 4-2-3-1, sem considerar o perfil da equipe. Prioriza os treinos de bola parada em vez de qualificar a troca de passes. Os defeitos foram repetidos e ampliados na derrota para o Icasa: Tchô ficou isolado no centro; Pablo, Gilson e Willians mais preocupados em defender do que atacar; André, Vitor Hugo e Guerreiro rifaram os lançamentos; Andrei nem marcou nem avançou; Obina só teve uma oportunidade para finalizar; Ricardinho, com muitos erros de passes e finalizações, continuou improdutivo. Se fosse prata da casa não teria as mesmas chances. Aliás, Núbio Flávio, outro campeão brasileiro sub-20 mal aproveitado no profissional, em poucos minutos produziu mais que Ricardinho.

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No programa BH Sports, disponibilizado no Youtube, Batista ratificou comentários feitos no Encontro da Transparência e acrescentou informações. Segundo ele, houve demora para fazer contratações, porque, na semifinal do Mineiro, quatro jogadores estavam no começo das negociações, mas Givanildo foi contrário a negociar naquele momento. Os nomes especulados pela imprensa foram Daniel, Fernandinho, Roger e Thiago Galhardo. Depois, quando começou a contratar, faltou capacidade para montar um elenco qualificado a fim de disputar a Série A. Todos os envolvidos no processo das contratações têm responsabilidades nos erros cometidos. Haverá modificações no departamento de futebol, na parte administrativa e financeira, com remanejamentos e demissões de funcionários. Deve haver mudança no conselho de administração, com redução do número de componentes.

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Gilson e Osman serão desfalques contra o Botafogo. O custo-benefício de Gilson deve ser avaliado na possibilidade de continuação em 2017. Poderá ser um dos experientes da equipe, desde que o salário não seja elevado, ainda mais que ele praticamente só foi titular no América. Na meia esquerda, por enquanto, não teve um bom desempenho igual ao de 2014, quando formou dupla com Renan Oliveira. Porém, é preciso considerar que o atual grupo foi mal planejado para disputar a Série A e que o time ainda está em reconstrução no returno. Osman sofreu efeito do erro de planejamento na montagem do elenco. Aos 23 anos, ele é inexperiente em competições de alto rendimento e, previsivelmente, não deveria ser um dos titulares absolutos com a responsabilidade de decidir. As mudanças e oscilações dos laterais-direitos também contribuíram com a queda de performance do meia.

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O lado esquerdo com Gilson e Danilo foi o mais eficiente do time americano. Jonas e Osman aumentaram a eficácia nos três últimos jogos. Ernandes e Bruno Teles são opções de laterais para substituir Gilson contra o Botafogo. Xavier é alternativa de meia-esquerda, com o recuo de Danilo para a lateral e o revezamento de funções entre eles. Pablo deverá ser o substituto de Osman a fim de formar dupla com Jonas pela direita. Um dos volantes, Juninho ou Leandro Guerreiro, precisa jogar mais recuado. O rendimento de Matheusinho será proporcional à sua liberdade para jogar sem posição fixa, partindo com a bola dominada para cima da defesa adversária. Nixon poderá ser mais produtivo pelos lados do que centralizado. Outra possibilidade de mudança será utilizar dois atacantes velozes (Nixon e Bruno Sávio) ou um atacante de lado, com Michael de centroavante.

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Alguns dos chamados clubes de camisa estão mais participativos no futebol feminino. Flamengo, atual campeão brasileiro, derrotou o Vasco e foi bicampeão carioca. Santos eliminou o Corinthians na semifinal do Paulista. Náutico e Santa Cruz participam do Pernambucano. Sport deve participar em 2017. Pela Copa do Brasil, Flamengo e Corinthians disputam vaga. No Mineiro, estão América, primeiro time profissional do Estado, e Ipatinga. Na segunda rodada, as jogadoras americanas derrotaram as do Manchester por 3 a 1. Apesar de o jogo ter sido realizado no campo do Tavares, em Confins, contou com a presença de torcedores americanos. Tábata marcou dois golaços, e Fernanda, a zagueira artilheira, completou o placar. Bia foi a novidade no time titular no lugar da Aninha. Daniela tem potencial para jogar mais avançada.

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Novas soluções provocaram resultados diferentes na campanha do Coelhão. Nas vitórias sobre Internacional e Botafogo, as mudanças entre os titulares aumentaram a qualidade do time. A defesa ficou mais consistente com a dupla de zaga mesclada formada pelo Roger e Eder Lima. Embora Fernando Leal tenha feito importantes intervenções quando solicitado, provavelmente João Ricardo também teria bom desempenho com os novos zagueiros. Jonas, apesar de não defender e atacar com alta intensidade, aumentou a eficiência ofensiva. Leandro Guerreiro e Juninho avançaram menos e reforçaram a marcação. Danilo e Matheusinho assumiram a titularidade. Ainda assim, a melhoria sempre precisa ser contínua: Matheusinho também deve jogar pelo centro para distribuir as jogadas; outros jogadores necessitam ser experimentados; falta um artilheiro com poder de decisão.

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Pela Copa do Brasil sub-20, América e Santos se enfrentam às 15h, na Arena do Jacaré. Apesar de uma espécie de entressafra, o rendimento do Coelhãozinho no hexagonal foi abaixo do esperado, principalmente por ter perdido jogos para clubes menos estruturados. Pelo menos a competitividade precisava ter sido maior. O meio campo, com os volantes Euler, Renan e Zé Ricardo e os meias-esquerdas Max e Victor Emiliano, é o setor mais qualificado do time. Jori se destacou na primeira fase, mas não participou da segunda. Felipinho começou na função de meia-atacante e terminou na de lateral-direito. Diego e Michel perderam a titularidade na esquerda. Pabrício, Gledson e Marcinho poucas vezes jogaram. A dupla de zagueiros sempre foi modificada, mas ainda não se firmou. Entre os nascidos em 96, Jori já subiu, e Euler, Max e Zé Ricardo devem ser os próximos.

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A maioria da torcida está descontente com o conselho de administração. O foco de insatisfação é em relação ao futebol. A verba do orçamento para montar a equipe a fim de disputar a primeira divisão foi mal utilizada. No Encontro da Transparência e no programa BH Sports, presidentes reconheceram erros na demora para contratar e na avaliação da qualidade dos contratados. O desempenho do time nos quatro últimos jogos aliviou as críticas, mas a possibilidade da transferência dos mandos de campo gerou desagrado. Jogar na Arena do Coelhão contra o Palmeiras não vai aumentar as chances de vitória, porque o adversário está bem preparado para superar condições adversas, mas o torcedor americano quer exercer o direito da escolha de ir ao jogo. Independentemente da quantidade que vai comparecer e do valor da venda, o mais importante é satisfação do cliente.


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América e Santos, pela Copa do Brasil sub-20, foi caracterizado pelo baixo nível técnico. O gol da vitória santista foi marcado no primeiro tempo, em um chute de longa distância. Na primeira etapa, Euler, Felipinho e Zé Ricardo foram os que mais tentaram criar jogadas ofensivas pelo lado direito. Gabriel e Guilherme falharam na saída de bola. Matheus foi pouco ofensivo pela esquerda. Marcos Paulo, emprestado pelo Vasco, nada criou e perdeu com facilidade a posse de bola. Guilherme Cordeiro e Gabriel foram inofensivos. O time do segundo tempo, com Leo Lucas, Marlon, Max, Pabrício e Victor Emiliano, ficou um pouco mais qualificado, teve mais posse de bola e jogou no campo do adversário. Ainda assim, faltou um artilheiro decisivo. Os laterais fizeram muitos cruzamentos errados da intermediária, e o número de finalizações certas foi bastante reduzido.

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No Campeonato Mineiro feminino, América e Internacional se enfrentam às 18h, no Campo da CSU, rua Tiradentes, em Contagem. Dilene, com 21 gols, e Modelo, com 22, artilheiras do time em todas as competições disputadas, estão entre as cem maiores goleadoras da história americana, mas ainda não jogaram juntas neste Estadual. Victor Alberice poderá utilizar Dilene em uma das pontas, com infiltrações na diagonal, e Modelo, centralizada, ou optar por escalar uma de cada vez. Aninha, Bia, Beiral, Tábata e Thayane são outras atacantes da equipe. Bruna Rebelde e Nathália qualificam a saída de bola e reforçam a marcação. Mayrara defende e ataca com bastante intensidade. Camila, Fernanda e Isabela são garantias da segurança defensiva. Daniela é opção para jogar na função da articulação ou na lateral, para explorar mais as triangulações ofensivas pelo lado esquerdo.

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O América ainda busca a primeira vitória fora de casa no Brasileirão, devido aos erros do conselho de administração e do departamento de futebol no planejamento e na execução da montagem do elenco para disputar a primeira divisão. João Ricardo, Gilson e Pablo devem ser as novidades entre os titulares, amanhã, contra o Coritiba. Ernandes pode jogar mais recuado, na função de volante, com Pablo mais avançado, para formar dupla com Jonas pelo lado direito. Matheusinho precisa atuar sem posição fixa, pelo centro e pelos lados, a fim de receber passes rasteiros e partir com a bola dominada, para facilitar a criação das jogadas e as finalizações. Danilo deve explorar os chutes de longa distância. Nixon domina a bola melhor que Michael, mas necessita ficar próximo da área para finalizar mais. Tony é alternativa de melhoria na distribuição das jogadas.

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O jogo do Coelhãozinho contra o Guarani pelo Mineiro foi disputado no campo principal do Lanna Drumond, onde o profissional realiza a maioria dos treinamentos, porque o gramado é de melhor qualidade. Em 2013, havia a previsão de os jogos da base serem disputados nesse mini-estádio, com capacidade para 500 torcedores nas cadeiras, mas esse projeto ainda está em fase de implementação. Também será necessário unificar o local de treinamento do sub-15 e do sub-17 com o sub-20 a fim de integrar as categorias. A integração com o profissional é outro processo que precisa ser mais bem planejado e executado, com mais coletivos entre os sub-20 e os profissionais. Max foi o destaque do último confronto do hexagonal. O meia-esquerda demonstrou técnica e habilidade nos dribles e nos passes. Emiliano poderia ter formado a dupla de meias. Os atacantes pouco finalizaram.

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Na derrota para o Coritiba por 3 a 0, o América voltou a ser bastante irregular em todos os setores. O Coelhão tentou ser mais ofensivo nos primeiros dez minutos, mas errou muitos passes. Depois do primeiro gol sofrido, o time americano foi completamente dominado pelo adversário, que marcou mais dois gols com bastante facilidade. João Ricardo ainda fez uma defesa salvadora. O setor defensivo errou o posicionamento nos gols sofridos. Juan penetrou duas vezes na área sem receber combate dos volantes e laterais, que não acompanharam o deslocamento do veterano jogador. Nem a determinação dos quatro últimos jogos foi repetida. Torcedores associaram a desmotivação dos jogadores e a quebra da invencibilidade com a venda do mando de campo contra o Palmeiras pelo conselho de administração, que está preocupado com a redução do orçamento em 2017.

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Os contratados que não fazem parte do grupo de titulares deveriam ser liberados ou treinar separado. Apesar do alto salário para o padrão americano, Cardoso ainda não jogou e parece que não será aproveitado. Sueliton nem deveria ter sido relacionado para o jogo contra o Coritiba. O continuísmo da falha no desenvolvimento e a utilização de Messias precisam ser interrompidos. Ao contrário de Cardoso e Sueliton, Messias, caso seja bem aproveitado, poderá dar retorno dentro de campo e também financeiro. Claudinei caiu de rendimento durante o Brasileirão. O momento é de priorizar a utilização de Christian, Maktom e Renato Bruno. Helder e Diego Lopes são reservas dos reservas até nos coletivos. Embora Diego Lopes ainda seja sub-23, o uso dos artilheiros Renatinho e Patrick Alan seria mais econômico. Do mesmo modo, Bruno Sávio é mais promissor que Danilo Dias.

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O pior ataque do Brasileirão é o do América, com 19 gols em 28 jogos. O setor ofensivo foi tão improdutivo que os artilheiros são Danilo e Jonas, com três gols cada um. Apesar das oportunidades seguidas, Nixon, Michael e Osman não aumentaram a força ofensiva. Nixon é mais atacante de lado do que centroavante. Michael é jogador de conclusão, dependente da criação das jogadas. Osman jogou longe da área, e o rendimento ofensivo caiu durante a competição. Nilson ficou mais no DM do que em campo. Embora tenha sido criticado pela ineficiência nas finalizações, Bruno Sávio, pelo menos, demonstrou capacidade de deslocamento para criar chances de gol. O esquema com só um atacante centralizado e os meias abertos pelos lados com a função de recuar e marcar o adversário é pouco agressivo. Dois ou três atacantes avançados poderiam ter sido mais eficientes.

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As sete vagas para clubes brasileiros na Libertadores e a obrigação de os participantes manterem equipes femininas vão incentivar o crescimento do futebol feminino no Brasil. A obrigatoriedade de investimento também está prevista pelo Profut, porém, por estar relacionada à criação da Lotex, alguns clubes estão se beneficiando do parcelamento das dívidas, mas sem a contrapartida nos times femininos. O América arrancou na frente em Minas Gerais e se tornou o primeiro clube com equipe feminina profissional do Estado. Um dos desafios do conselho de administração, presidido por Alencar, será o aumento do suporte necessário para otimizar as condições de trabalho da comissão técnica e das jogadoras em 2017. O time americano foi bastante determinado, intenso e veloz na vitória sobre o Inter por 12 a 0. Amanhã, às 11h, no Baleião, enfrentará o Manchester.

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Pablo deve ser o substituto de Jonas contra o Palmeiras. Na função de volante ou de meia, é um jogador bastante voluntarioso, corre o campo todo, mas sem muita objetividade e com muitos erros de passes. Na lateral direita, poderá defender e atacar com muita intensidade, mas os cruzamentos precisam ser mais certeiros. Gilson deixou a desejar na derrota para o Coritiba, porém deve formar dupla com Danilo pela esquerda. Leandro Guerreiro e Juninho precisam evitar avançar muito para não deixar a zaga desprotegida. O experiente Tony poderá ser o suporte para Matheusinho na distribuição das jogadas. Osman será mais produtivo se jogar mais avançado. O banco de reservas poderia ser formado pelos pratas da casa Messias, Christian, Maktom, Renato Bruno, Xavier e Bruno Sávio. No Mineiro feminino, América e Manchester se enfrentam às 11h, no Baleião.

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Apesar de não ter sido uma mudança planejada, Messias foi a novidade contra o Palmeiras. O promissor zagueiro voltou a ser relacionado devido à contusão de Alison, ao pedido de liberação de Sueliton e à não utilização de Cardoso, e só entrou na partida porque Roger fraturou o nariz. Embora tenha sido promovido ao profissional no ano passado, Messias foi pouco aproveitado até entre os reservas durante os coletivos. Depois de enfrentar o Botafogo, primeiro colocado na Série B em 2015, ter entrado contra o Palmeiras, líder do Brasileirão, provavelmente será titular contra o Atlético. A falta de metodologia de desenvolvimento e aproveitamento dos sub-23 continua. Os atletas em processo de formação jogam em situações emergenciais, em vez de atuar em jogos programados. As últimas rodadas devem ser usadas a fim de aprimorar os pratas da casa para 2017.

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Vencer o rival sempre é mais prazeroso, ainda mais se a vitória interferir no objetivo do adversário no Brasileirão. Mas para derrotar o Atlético sem depender do acaso o América vai precisar potencializar o desempenho. Muitos dos considerados titulares estão abaixo do rendimento desejado. Ernandes, Michael e Nixon não justificaram as oportunidades seguidas. Pablo é opção de volante para disputar posição com Juninho, mas ambos devem avançar menos a fim de ser mais marcador do que tentar ser articulador. Jonas e Gilson precisam reforçar a marcação, mas também atacar. O clássico poderá ser importante para o aprimoramento de Messias, Matheusinho e outros pratas da casa. Xavier, Tony e Danilo são opções de meio-campistas. Na falta de um centroavante qualificado, Osman deveria ser o atacante mais avançado ou formar dupla de ataque com Bruno Sávio.

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Vender mando de campo deve ser proibido porque a torcida do clube mandante merece o privilégio de comparecer aos jogos em casa. Casagrande afirmou que a transferência para Londrina do jogo entre América e Palmeiras desequilibra o campeonato, mas faltou comentar sobre o desequilíbrio histórico provocado pelas diferentes distribuições das cotas de TV entre os participantes das mesmas competições. Neste ano, o América gastou errado a verba destinada ao futebol, mas provavelmente estaria mais bem colocado no Brasileirão e teria participado mais vezes da primeira divisão se as cotas fossem igualitárias. Também teria até conquistado mais títulos estaduais. Para minimizar essa dependência da TV, vai ser preciso se estruturar fisicamente e administrativamente. O Planeta América será um facilitador para o desenvolvimento das categorias de base.

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Apesar do treino fechado e da não divulgação dos relacionados, Enderson Moreira escalou mal, demorou a mexer e mexeu errado contra o Atlético. Ernandes e Nixon repetiram as nulidade das partidas anteriores. Osman foi ineficiente nas finalizações. Tony está sem ritmo e perdeu a posse da bola com facilidade. Cardoso, sem ter jogado, pode ser considerado o pior em campo, porque Claudinei entrou no lugar de Messias, e Leandro Guerreiro foi improvisado na zaga. Aliás, Messias novamente comprovou que deveria ter sido mais bem aproveitado. O promissor zagueiro disputou a terceira partida em dois anos e sentiu fisicamente a falta de jogo e até dos coletivos entre os reservas. Em outro erro de avaliação, Messias perdeu espaço para contratados, com salários mais elevados, indicados pelos avaliadores de desempenho. Matheusinho criou duas jogadas ofensivas.

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Enderson Moreira precisa se conscientizar ou ser orientado pela diretoria que a preparação da equipe para 2017 deveria ter começado. No programa BH Sports, gravado há mais de um mês e disponibilizado no Youtube, Batista declarou que faltou atitude dos dirigentes quando Givanildo vetou possíveis contratações, que os pratas da casa seriam aproveitados no restante do Brasileirão e que haveria demissões de funcionários do departamento de futebol. Na prática, o discurso continua desalinhado. Enderson Moreira está treinando o time só pensando no próximo jogo. Apesar do longo período de inatividade, Messias deu conta do recado, mas entrou para tapar buraco em situação emergencial devido às contusões dos contratados. Depois do jogo contra o Corinthians, o time deve priorizar o aprimoramento dos pratas da casa em vez de pensar em resultados imediatos.

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Enderson Moreira persistiu nos erros cometidos na goleada para o Atlético, repetiu a escalação na derrota para o Corinthians e demorou para fazer as mudanças durante a partida. Apesar dos três volantes, Leandro Guerreiro, Juninho e Ernandes fizeram poucos desarmes, avançaram sem necessidade e cederam espaços para os contra-ataques. Guerreiro desarmou três vezes, Juninho, uma, e Ernandes, nenhuma. Osman e Nixon repetiram a improdutividade ofensiva. Gilson e Tony tiveram lampejos de produtividade. A entrada de Christian foi o único acerto. Bruno Sávio deveria ter entrado antes, e Matheusinho, começado o jogo. Quanto mais vezes jogar, mais bem preparados estarão. Aliás, o objetivo do restante do Brasileirão deve ser aprimorar os pratas da casa para 2017. As saídas de Sidiclei, Cláudio Prates e Luiz Kriwat são mudanças urgentes e necessárias.

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O conselho de administração precisa ser repensado. Aliás, de acordo com Magnus Lívio, pelo estatuto, a denominação de nove presidentes está errada. O sistema atual, depois do afastamento de Paulo Lasmar, é formado por um presidente mais sete integrantes. Independentemente do nome, é um modelo fadado ao fracasso. Os próprios componentes consideram excessivo o número de oito conselheiros. As análises e tomadas de decisões ficaram mais demoradas e muitas vezes foram equivocadas, iguais às definições sobre a formação da equipe para disputar a primeira divisão. Muitos torcedores reivindicam a volta do presidencialismo. Vale lembrar que o mandato atual termina no fim de 2017. Com ou sem redução dos participantes, o fundamental é atribuir tarefas com metas de desempenho para cada membro e contratar funcionários qualificados para administrar o futebol.

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Mudança é a essência da superação. Se até o que vem dando certo é preciso mudar para evoluir, as mudanças no que deu errado devem ser maiores. O América precisa repensar o conselho de administração, com redução dos componentes e redefinição das funções de cada integrante, ou antecipar a volta do presidencialismo, reestruturar o departamento de futebol contratando funcionários com experiência em grandes conquistas e reformular a equipe para 2017. Enderson Moreira também necessita mostrar capacidade de criar situações diferentes nas últimas rodadas. Por enquanto, apostou mais na mesmice do que na inovação. Apesar de a Série B ser um campeonato de nível técnico mais baixo, a maioria dos contratados precisa sair porque a meta dos novos responsáveis pelo futebol deve ser contratar reforços qualificadas a fim de serem mesclados com os pratas da casa.

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Messias, Roger e Matheusinho podem ser considerados os principais reforços de 2016. Logicamente não são jogadores prontos, mas, dentro do processo de evolução dos sub-23, demonstraram potencial de desenvolvimento, que é diferente de desempenho de alto rendimento. A função de alta performance é do jogador contratado. Os sub-23 são complementos para serem trabalhados. No restante do Brasileirão, a meta deve ser priorizar a escalação dos pratas da casa a fim de ficarem mais bem preparados para as competições de 2017. Começar a fazer agora o que não foi feito antes. Escalar os atletas em formação não significa que serão soluções, muito menos garantia de vitórias, em curto prazo, mas oportunidade de acelerar o aprimoramento contra adversários qualificados. Glauco, Jori, Christian, Maktom, Renato Bruno, Xavier e Bruno Sávio merecem a prioridade.

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