A Voz da Arquibancada

Relembrando a primeira mensagem :

A comissão técnica do América se preocupa tanto com a forma do adversário jogar que se esqueceu de criar o próprio padrão de jogo. Insiste na tentativa de usar o 4-2-3-1, sem considerar o perfil da equipe. Prioriza os treinos de bola parada em vez de qualificar a troca de passes. Os defeitos foram repetidos e ampliados na derrota para o Icasa: Tchô ficou isolado no centro; Pablo, Gilson e Willians mais preocupados em defender do que atacar; André, Vitor Hugo e Guerreiro rifaram os lançamentos; Andrei nem marcou nem avançou; Obina só teve uma oportunidade para finalizar; Ricardinho, com muitos erros de passes e finalizações, continuou improdutivo. Se fosse prata da casa não teria as mesmas chances. Aliás, Núbio Flávio, outro campeão brasileiro sub-20 mal aproveitado no profissional, em poucos minutos produziu mais que Ricardinho.

Saber aproveitar as oportunidades de acordo com as situações de jogo deve ser a meta de desempenho da comissão técnica e dos jogadores. O Coelhão deveria ter acreditado mais no clássico contra o Cruzeiro. O adversário, sem os reforços necessários, é considerado limitado por grande parte da torcida cruzeirense. Ainda no primeiro tempo, João Ricardo atrasou a saída de bola em vez de tentar reforçar o contra-ataque na reposição em alta velocidade. A entrada de um volante no lugar de um meia repetiu o erro acontecido contra o Vitória. Nos dois confrontos, os gols sofridos aconteceram quando o time americano priorizou a marcação em vez de tentar atacar. Jogar atrás da linha da bola deve ser uma opção contra equipes qualificadas para disputar o título brasileiro. Mesmo assim, é preciso contra-atacar para aliviar o setor defensivo e marcar gols.

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Adalberto, Alan Mineiro, Barbio, Eduardo, Juninho e Matheusinho são opções de mudanças contra a Ponte Preta. Adalberto poderá reforçar a segurança defensiva porque tem qualidade na marcação. Artur e Alison devem completar o trio de zagueiros. Alan Mineiro, Eduardo e Matheusinho são esperanças do aumento do poder criativo. A transição entre defesa e ataque tem sido feita mais por ligação direta, através de lançamentos de João Ricardo, do que pela criação de jogadas por Rafael Bastos e Tiago Luis. Claudinei e Leandro Guerreiro, quando tentam avançar a fim de exercer a função dos armador, deixam espaços entre os volantes e zagueiros. Xavier deveria inverter com Danilo e jogar mais avançado, porque tem capacidade para substituir Tony na distribuição das jogadas. Barbio precisa justificar a contratação. Juninho vai reduzir as chances de Ernandes.

Vamos para cima deles, Coelhão! Vencer a Ponte Preta por 1 a 0 vai ser considerado goleada, mas o time americano deve jogar com atitude vencedora e buscar o gol constantemente durante os 90 minutos. Segurança defensiva mais produtividade e eficiência ofensiva serão facilitadores para o América conquistar a primeira vitória no Brasileirão. Apesar de Adalberto ser o preferido por grande parte da torcida americana, Alison e Sueliton devem formar a dupla de zaga. Pelo menos um dos volantes precisa avançar menos e ficar mais próximo dos zagueiros. Hélder e Eduardo, provavelmente, vão dividir a função de defender e atacar pelo lado direito. Na lateral esquerda, Danilo deveria jogar mais recuado, porque Xavier tem mais mobilidade e qualidade no passe. Xavier, na função de articulador, poderá até revezar com Eduardo. Alan Mineiro será o armador central.

Na Copa BH feminino, o América venceu o Paraíso e manteve a invencibilidade na competição. Apesar de a torcida adversária ter comparecido em maior número e ter feito mais barulho no Baleião, dentro de campo prevaleceu a qualidade técnica das jogadoras americanas, bem preparadas fisicamente pela Brenda Marinho e com uma distribuição tática bastante equilibrada. Victor Alberice repetiu o 4-3-3, mas com poucas ultrapassagens de Rosinha e Louretha pelos lados. Camila só teve trabalho em um lance. Fernanda e Isabela anularam o ataque adversário e começaram a saída de bola pelo chão. Bruna Rebelde comandou o meio campo. Patrícia e Thayane participaram do combate e das infiltrações. Dilene, Modelo e Tábata, artilheira do jogo, com três gols marcados, formaram o trio ofensivo. No segundo tempo, Bia, Beiral, Daniela e Guedes aumentaram a ofensividade.

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América foi mal escalado taticamente contra a Ponte Preta. Sem atacantes, com três zagueiros, um lateral-esquerdo na posição do meia-esquerda e um meia-esquerda na posição do lateral-esquerdo, um lateral-direito, dois volantes e dois meias atacantes. Os três zagueiros jogaram na mesma linha. Depois dos dois gols sofridos, o Coelhão buscou o empate mais na base da transpiração do que na inspiração. Rafael Bastos treinou de falso 9, mas jogou de falso armador. Alan Mineiro demonstrou que poderá ser útil, mas, mesmo assim, falta outro meia mais qualificado para dividir a função da criação das jogadas. Ainda um lateral-esquerdo e um atacante de velocidade, apesar de Barbio ter sido contratado para reforçar a equipe. Adalberto deve ser um dos titulares da zaga. A demissão de Givanildo deveria provocar a troca da comissão técnica, menos o Sílvio e o Leo.

O América precisa mais de um treinador do que de um técnico. Geralmente o técnico escala quem na avaliação dele está preparado para ser titular, enquanto o treinador prepara o jogador, principalmente o atleta sub-23 em processo de formação, para ter condições de disputar a titularidade, nas competições da temporada. Em vez dos treinos táticos globalizados é preciso treinar fundamentos básicos de cruzamentos, finalizações e cobranças de faltas. A bola parada pode ser decisiva em vários jogos. O índice de aproveitamento em cobranças de faltas é muito baixo. Integrar a categoria de base com o profissional deve ser obrigatório. Pelo menos uma vez por semana, realizar coletivos entre profissionais e juniores. A saída do Givanildo e a manutenção do Cláudio Prates talvez representem o continuísmo da metodologia de trabalho e avaliação do elenco.

Mudanças na defesa e atitude vencedora foram os grandes destaques na vitória sobre o Figueirense. O Coelhão marcou um gol, evitou a retranca e continuou a buscar a marcação do segundo. Foi o jogo do Brasileirão em que o América mais finalizou. Artur e, principalmente, Adalberto aumentaram a segurança defensiva e demonstram potencial para formar uma dupla de zaga bastante eficiente. Leandro, sempre, Guerreiro, nos bons e maus momentos, além de ter sido o que mais acertou passes na partida, ainda fez assistência para o gol de Osman. Eduardo demonstrou qualidade no passe rasteiro. Danilo foi a válvula de escape na esquerda, mas errou cruzamentos. Bruno Sávio mostrou capacidade para construir a própria jogada. Erros em cobranças de faltas, cruzamentos, finalizações e passes evidenciaram a necessidade de treinar mais fundamentos.

O meio de campo é o lugar dos craques. Eduardo foi o principal meia ofensivo, responsável pela criação das jogadas contra o Figueirense. Osman tem mais característica de atacante do que de armador. Aliás, quanto mais agudo for, maiores serão a produtividade e a eficiência. Danilo e Xavier são opções de meia-esquerda; Alan Mineiro, Matheusinho e Tony, de meia-direita. Pablo poderá ser alternativa para jogar aberto pelo lado direito. Claudinei, Juninho e Leandro Guerreiro são os volantes com mais chances de disputar a titularidade. Guerreiro deveria participar de revezamentos programados, a fim de evitar o desgaste provocado pela idade e pela sequência de jogos. Christian e Makton poderiam ter tido oportunidades no Campeonato Mineiro. Ainda falta a contratação de um meia de ligação, preferencialmente, acostumado a disputar competições de alto rendimento.

O calendário da CBF e da FMF novamente prejudicou o desenvolvimento do Coelhãozinho sub20. No Brasileiro sub-20, o América ficou ausente porque os 20 clubes participantes foram selecionados pelo ranking do profissional. O Mineiro júnior ficará paralisado em junho e julho para favorecer a participação de Atlético e Cruzeiro no Brasileiro. A Taça BH será realizada em julho, mas foi transformada em sub-17. O América precisa saber aproveitar com criatividade este período ocioso, sem competições para ser disputadas. Poderá ser uma grande oportunidade para integrar a base ao profissional. Sidiclei, Flávio Lopes, Sérgio Vieira e Milagres devem elaborar um plano de ações a fim de programar jogos-treino entre reservas, juniores e os sub-23 fora dos planos da comissão técnica anterior.

Sérgio Vieira, no comando da Ferroviária, demonstrou conceitos futebolísticos bem definidos. O time de Araraquara jogou um futebol moderno, com os jogadores bem distribuídos, próximos uns dos outros, e priorizando a marcação e a troca progressiva de passes, em vez da bola rifada com ligação direta entre defesa e ataque, por meio de chutões. Goleiro, zagueiros, laterais e volantes participaram do começo da transição ofensiva trocando passes rasteiros. Do meio campo para frente, os comandados de Sérgio Vieira mudaram constantemente de posição, em busca da superioridade numérica sobre o adversário, para facilitar as triangulações. O novo treinador americano terá de superar a desvantagem de ter sido contratado durante a competição, com o América na zona de rebaixamento e ainda necessitando de reforços pontuais: lateral, meia e atacante.

Apesar do pouco tempo de treinos intensivos, comandados pela nova comissão técnica, o time americano deve pelo menos apresentar dentro de campo um esboço da metodologia de trabalho de Sérgio Vieira. Embora fora de casa e contra o Internacional, um dos líderes do Brasileirão, provavelmente, o América vai jogar com bastante competitividade e sem abrir mão de ser agressivo. Se a formação com três volantes escalada contra o Figueirense for repetida, Claudinei deveria formar o trio com Juninho e Leandro Guerreiro, ou Xavier ser utilizado para revezar com Danilo na função de defender e atacar pela esquerda. Hélder é a válvula de escape na direita. Alan Mineiro e Matheusinho são opções para formar dupla com Eduardo. Osman e Borges devem ser mais agudos. Bruno Sávio é alternativa de velocidade. Blitz do Coelhão, no Hashtag, Professor Morais, 158.

Na Copa BH Feminino, América e Manchester se enfrentam às 15h, no Baleião, pela última rodada do hexagonal. O time americano, invicto na competição, é um dos classificados para os jogos da semifinal. Na vitória sobre o Prointer, por 3 a 1, gols marcados por Beiral, Bruna Rebelde e Aninha, Victor Alberice optou pelo revezamento no meio campo e no ataque. Nathália, Guedes e Beiral começaram a partida. Camila fez uma defesa salvadora e sofreu um gol, de pênalti. Rosinha e Daniela poucas vezes buscaram a linha de fundo. Fernanda e Isabela levaram vantagem sobre o ataque adversário, mas em algumas situações ficaram na mesma linha. Bruna Rebelde marcou outro golaço em cobrança de falta de longa distância. Modelo, bem marcada e sem os cruzamentos da linha de fundo, teve poucas oportunidades. O América vai jogar um amistoso contra a seleção da França.

Na derrota para o Internacional, o América repetiu erros, mas demonstrou evolução tática, mudança de postura e agressividade. Ainda assim, o contratado para disputar a primeira divisão precisa ser padrão Série A. Sidiclei, Sérgio Vieira e Rui Sousa devem utilizar o novo software de desempenho para avaliar melhor a produtividade e a potencialidade dos jogadores. Se Artur for menos qualificado que Alison e Sueliton, o América terá de contratar outro zagueiro para ser titular. Alison e Sueliton são esforçados, porém limitados tecnicamente. A escalação de Ernandes entre os titulares também não se justifica. Claudinei é mais capacitado no combate, no desarme e no passe. Xavier e Eduardo possuem mais precisão no passe e são meias de ligação. Borges e Tiago Luis carecem melhorar o preparo físico.

Claudinei e Juninho poderão ser o ponto de equilíbrio entre defesa e ataque no confronto com o Botafogo. Com dois volantes marcadores, a distribuição tática poderá ficar mais equilibrada, compactada e com possibilidades de variação. Quando um dos volantes ficar mais recuado, na frente dos zagueiros, o outro poderá avançar a fim de formar uma linha de quatro, com Osman e Eduardo, abertos pelas pontas, e Alan Mineiro centralizado. Outra possibilidade será Claudinei e Juninho jogarem mais recuados, na proteção aos zagueiros e na cobertura dos laterais, com Alan Mineiro e Eduardo na criação das jogadas e Osman na função de atacante, próximo de Borges. Hélder e Danilo também deverão participar da transição, mas necessitam ter mais precisão nos cruzamentos. Bruno Sávio é alternativa ofensiva. Blitz do Coelhão, no Hashtag, Professor Morais, 158.

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O Coelhãozinho sub-20 iniciou a primeira semana de treinamentos sem competições para ser disputadas até o fim de julho. Esse período precisa ser mais bem aproveitado. O ideal seria excursionar ao exterior para disputar torneios. Em 2002, o América, com a presença de Michel Bastos na lateral esquerda, conquistou um título na Holanda. Em 2007, ganhou outra competição na Holanda, ao vencer o Hertha Berlin. Ainda disputou torneios na Alemanha e na Bélgica. Sem essas excursões internacionais, uma das alternativas é integrar a base ao profissional no Lanna Drumond. Os jogadores da equipe principal não relacionados para enfrentar o Botafogo deveriam participar de coletivos com os juniores, em times misturados. Makton e Matheusinho estão na seleção sub-20. Pabrício, bem orientado e preparado fisicamente, é selecionável.

Erros individuais e coletivos no setor defensivo, improdutividade criativa e incapacidade ofensiva foram os defeitos repetidos na derrota para o Botafogo. Sem Leandro Guerreiro, como opção de segurança de João Ricardo para iniciar a transição, a saída de bola ficou comprometida. Artur e Adalberto foram envolvidos nas jogadas de velocidade dos adversários. Claudinei e Juninho, mal posicionados, deixaram a desejar na marcação. Alan Mineiro, Eduardo e Osman estiveram inoperantes na articulação. Danilo foi mais participativo que Hélder, mas ambos falharam no desarme e acertaram poucos cruzamentos. Tiago Luís nada acrescentou. A produtividade de Borges dependerá de o time jogar em função dele. O desempenho dos considerados reforços é preocupante. Alan Mineiro, Eduardo, apesar do álibi da idade, e Hélder e Juninho ainda estão abaixo do padrão Série A.

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Na origem das jogadas dos 14 gols sofridos pelo América no Brasileirão, houve superioridade numérica do sistema defensivo americano sobre os adversários. Ainda assim, aconteceram erros de posicionamento dos marcadores, baixo número de desarmes e perda da posse de bola no início da transição entre defesa e meio campo. Sem as defesas salvadoras de João Ricardo e sem eficiência ofensiva, as derrotas prevaleceram. Na Série B de 2015 e no Mineiro de 2016, os defeitos defensivos provocaram a mudança de esquema e a utilização de três zagueiros. Contra o Coritiba, o Coelhão deve buscar a vitória durante os 90 minutos, mas, principalmente, os volantes devem avançar menos a fim de reforçar a marcação, a cobertura dos laterais e a proteção aos zagueiros. Alan Mineiro e Eduardo precisam ser mais criativos, Osman e Borges, mais eficientes nas conclusões.

O time feminino do América venceu os dez jogos disputados na Copa BH, marcou cem gols e sofreu três. Na vitória por 4 a 1 sobre o Manchester, com gols de Nathália, Aninha, Bruna Tavares e Dilene, o destaque negativo foi a arbitragem. Foram várias inversões de faltas e de laterais e pelo menos um pênalti favorável não marcado. Também faltou inibir as jogadas mais violentas. O trio de árbitros deve seguir o exemplo de Gildo na arquibancada, que canta o jogo o tempo todo, e, antes do possível choque entre as jogadoras, orientá-las para jogar só na bola. A FMF deveria colaborar mais com o crescimento do futebol feminino e colocar árbitros mais qualificados, pelo menos nos jogos das americanas, porque o América é o primeiro clube profissional do Estado. Na primeira partida da semifinal, o adversário será o Prointer, às 15h, no campo da Barragem Santa Lúcia.

Apesar de o Palmeiras ser considerado favorito, porque possui um time mais entrosado e uma equipe mais qualificada, talvez a vitória do Coelhão sobre o Coritiba aumente a autoconfiança dos jogadores americanos a fim de conquistar os três pontos. O adversário, jogando em casa, vai partir pra cima na tentativa de pressionar. Hélder tem velocidade para buscar a linha de fundo, mas ele e Danilo precisam melhorar a marcação e acertar os cruzamentos. Jonas é alternativa de segurança. Na recomposição defensiva, Artur e Adalberto deveriam evitar jogar na mesma linha dos laterais. Pelo menos um dos zagueiros necessita ficar na sobra. Juninho poderia atuar mais fixo na cabeça da área. Ernandes e Osman colaboram taticamente no combate, mas, principalmente, Osman carece ser mais ofensivo e finalizador. Claudinei, Alan Mineiro, Sávio e Rangel são opções.

Carlão, preparador de goleiros do sub-20, será um dos homenageados pela Academia Evangélica de Ciências, Artes & Letras do Brasil. O evento acontecerá no próximo sábado, às 19h, no Sittracon (rua Riso do Prado, 134, Eldorado). Carlão preparou Matheus, campeão brasileiro sub-20, Hugo, campeão da Taça BH, e Glauco. Matheus deu retorno financeiro e dentro de campo. Hugo foi liberado porque Glauco foi o escolhido para ser promovido ao profissional. Jori, umdos destaques na Copa São Paulo de 2016, tem grande potencial para serumdos melhores goleiros da história americana. Alex, Erick e Samuel também fazem parte do atual elenco do júnior. O desenvolvimento dos goleiros é consequência do trabalho bemrealizado por meio de orientações, treinamentos intensivos e qualificados. Contra o Coritiba, Marcos Vinícius veio de Itaúna para torcer pelo Coelhão.

O Palmeiras jogou em ritmo de treino para derrotar o América. Ao enfrentar o líder do Brasileirão, os defeitos do time americano deveriam ter sido minimizados, mas erros dos jogos anteriores foram repetidos. Nos dois gols sofridos, houve superioridade numérica dos defensores sobre os adversários, falhas individuais e de posicionamento do setor defensivo. Hélder e Danilo foram limitados na marcação e no apoio. Artur e Adalberto deixaram a desejar no combate e na cobertura dos laterais. Juninho e Leandro Guerreiro fizeram poucos desarmes e apesar da ineficiência nas assistências, finalizações e gols marcados, avançaram sem necessidade. Ernandes nem defendeu nem atacou. Eduardo, isolado no meio, e Borges, sozinho no ataque, desapareceram. Osman tentou ser mais marcador do que atacante e também sumiu do jogo. Chutões e passes errados prevaleceram.

Gilson, jogando avançado pela beirada ou formando dupla de articuladores, poderá ser mais produtivo e eficiente na função de meia de ligação, em vez de lateral-esquerdo. Eduardo e Xavier são as outras opções de armadores canhotos. Bruno Teles e Danilo devem disputar a lateral esquerda; Hélder e Jonas, a direita. Independentemente do escalado para ser titular, o sistema de cobertura pelos volantes e zagueiros precisa ser aperfeiçoado. Na parte ofensiva, os laterais devem ter capacidade de buscar a linha de fundo e acertar os cruzamentos. Talvez sejam necessários treinamentos específicos deste fundamento para aumentar o índice de acertos. Zagueiro, armador com poder de decisão, mais atacante de velocidade são posições prioritárias de reforços qualificados para assumir a titularidade e chamar a responsabilidade de comandar a reação americana.

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O time feminino do América enfrenta o Prointer amanhã, às 15h, no Baleião, no jogo de volta da semifinal da Copa BH. Na primeira partida, as americanas venceram por 5 a 0, com gols de Dilene (dois), Mariana Pires, Modelo e um golaço de Tábata, por cobertura. Aline Benevenuto, de primeiro volante, Dilene, atacante de lado, e Mayara, na lateral direita, foram as novidades do time titular. Victor Alberice manteve, basicamente, o 4-3-3 com bastante inversão dos lados entre as ponteiras Aninha e Dilene. Modelo saiu mais da área para fazer a parede e tabelar. Daniela avançou mais no segundo tempo, mas tem potencial para ser mais ofensiva e buscar a linha de fundo durante os 90 minutos. O trio de árbitras apitou corretamente. Os testes para jogadoras sub-20 serão realizados nos dias 30 e 31 de julho, e as inscrições poderão ser feitas pelo site do Coelhão.

No clássico contra o Atlético, os jogadores americanos precisam demonstrar que fazem parte de um time de guerreiros, formado por profissionais comprometidos a fim de superar grandes desafios. Apesar da metodologia de trabalho padrão europeu do Sérgio Vieira ter sido iniciada com o campeonato em andamento, os atletas já devem ter assimilado o conceito tático idealizado pelo novo treinador. O rendimento técnico ainda dependerá de treinamentos intensivos para minimizar erros de passes, finalizações e cruzamentos. Juninho e Leandro Guerreiro devem ser mais defensivos. Danilo, Eduardo, Gilson e Xavier são opções de meias pela esquerda, mas faltam articuladores centralizados, com repertório variado. Alan Mineiro carece justificar a contratação. Osman deve ser mais agudo, em vez de marcador. Bruno Sávio, Borges e Victor Rangel são opções ofensivas.

Zagueiro qualificado para chegar e assumir a titularidade; articulador centralizado, mais criativo que Alan Mineiro; e atacante de lado, com mais poder de decisão que Osman, são contratações necessárias a fim de provocar a reação americana durante o Brasileirão. Quando o América divulgou a lista dos relacionados para enfrentar o Atlético, a presença do Sueliton, como provável titular, Ernandes, opção de meia-esquerda, Tiago Luis “recontratado” do Paysandu e a ausência do Bruno Teles, Gilson e Bruno Sávio foram bastante questionadas. Sueliton repetiu defeitos na marcação. Ernandes, na lateral esquerda, fez a melhor partida desde que foi contratado. Tiago Luis novamente nada acrescentou. Ainda assim, o time americano teve proposta de jogo e criou situações de gol, mas errou as finalizações. Danilo foi mais participativo ofensivamente que Osman.